Monday, March 15, 2010

poesia às escuras

Sinto os monstros na minha cabeça.
Ouço cordas, ouço a minha agonia,
lembra-me o negativo de mim
para que nunca o esqueça.

Sinto-me perdida, presa a um tornado
Vejo o meu espírito a ser arrastado.
Penso em parar. Penso em desistir.
Penso em nunca voltar para não existir,
não insistir.

Tudo é demais.
Tudo é acelerado, desconjugado
Tudo consome o melhor que há em mim.

Podia não ter escrito...
Tinha enlouquecido.
Tinha sido.




O sonho da razão produz monstros. - Goya, 1799

0 Comments:

Post a Comment

<< Home