Tuesday, December 05, 2006

wondering

a verdade é que não há nada a dizer.
curioso. como a perspectiva de vida e de tudo o que dela advém muda completamente a cada dia que passa. ainda que hajam perspectivas mais comuns, mais recorrentes, reincidentes portanto. Há sempre uma "forma de estar" - chamemos-lhe assim - que é a mais comum, a mais generalizada também. No entanto, quando surgem contratempos, ou tempos apenas que, como tudo se renovam, acabamos por ser forçados a encarar novos aspectos, novas condicionantes.. perante um momento de pura e simples introspecção.. ou mediante acontecimentos que nos afectaram directamente... que nos conduzem (ou forçam) a reflectir possivelmente em questões que nunca foram ponderadas.. ou se ponderadas.. possivelemente acabamos por ter de equacionar determinada problemática segundo novas perspectivas. Por vezes podemos até já ter passado situação semelhante, basta apenas que a nossa posição esquemática seja outra.. para que um novo mundo de interrogações surja e nos bombardeie com ponderações.
Onde eu quero chegar, é àquilo que eu sempre digo, que cada pessoa que por nós passa, cada dia, cada momento transforma-nos. Obviamente não somos apenas nós que passamos pela vida, ela passa necessariamente por nós. Transforma sim, muito ou pouco, conforme a importância.. Transforma-nos a nós, possivelmente a nossa estrutura psico-emocional, social. Ou modifica apenas o dia (mais conhecido por transtorno). Essas transformações a que acabamos por ser submetidos, consciente ou inconscientemente podem trazer 2 minutos de reflexão. Nenhum minuto. Iniciar uma fase passageira. Ou mudar de facto a nossa perspectiva em relação a esse assunto especifico para sempre. Pode ainda, quando tratamos de questões com maior profundidade, marcar-nos a nós - e não a perspectiva - para sempre.
Mesmo que algo tenha mudado, o mais provável e comum é na maioria dos casos nunca se vir a apurar.. ou nem sequer se sentir a necessidade de desvendar o motivo que nos tornou assim. Crescer? Talvez. Amadurecer? Nem por isso. Não é a experiência que nos faz melhores. O amadurecimento pressupõe conhecimento de causa, adaptação de comportamento em função disso mesmo. Estas transformações sobre as quais me debrucei, obviamente que têm uma vertente cognitiva irrecusável, no entanto, quero fazer ver que cada acontecimento que nos molda, é como se nos apurassem um vértice. Amadurecer conduz à adaptaçao dos comportamentos, não conduz necessáriamente ao delinear brusco de uma faceta da nossa personalidade.
Vejamos cada ser humano como uma escultura. Que quanto a mim é uma obra inacabada, sempre. Pudera, somos esculpidos por nós próprios, e pelo tal conceito generalista que por nós passa: a vida. Portanto, a ideia fundamental é que cada pequena transformação é um retoque marcado ou não que damos na escultura, não nos faz melhores, mas faz-nos. Atribui-nos individualidade, caracter, características.
Decepções é muito mau. É nos dada a possibilidade de ver as coisas realmente como elas são. Quanto a mim, as decepções são bem capazes de ser o cinzel e o martelo da obra de arte. As pessoas moldam-nos, algumas ao se aproximarem, fazem pior, outras vêm e alisam-nos deixam nos melhor, sem irregularidades. Pessoas ainda que cruzam a nossa vida para nos deixar brilhantes.
Enfim, ser humano em constante mutação.
Era bom que nos limitassemos a ser moldados por factores exógenos, mantermo-nos alheios a qualquer tipo de ponderações, reflexões, que por vezes nos sufocam. A mim sufocam, mas preciso delas como de ar. Tenho noção que pensar muito e reagir tanto a tudo, por vezes complica em demasia tudo, mas é necessário. Recuso me a ir vivendo. Sou apenas capaz disso quando estou neutra.. acontecimento muito raro e nunca antes visto. Se reajo, quero. Se não reajo.. não estou interessada. Não sei circular em ponto morto. Talvez isso fosse uma vantagem. Mas para mim é perigoso. Talvez ainda me venha a conseguir moldar ligeiramente nesse sentido. Caminhar pela linha da adaptação. Talvez nem seja mau...
A verdade é que já disse demais..

Sunday, December 03, 2006

Fever. What a lovely way to burn.

Life is daily.
and I will love you in every single day you live it by my side. I might not love you. And it might not be forever. But while you're simply comming along with me I will make you feel a better man. Or may be not. 'Cause I can't find a better man.

Adivinha lá para quem é este bocadinho?
Na tua fuçaaaa putoooo*

Saturday, December 02, 2006

Deixa

Deixa-me.
Deixa-me continuar,
devolve-me à apatia segura
que insiste em me agarrar.
Não pode ser o teu sorriso que me cura.
Deixa-me e leva-me daqui.
Larga-me no eco do som esperado
nesse teu som errado
que sussuras calado.
Manda-me embora,
repete que não és meu..
nem ontem nem agora.
1.12.06