Saturday, April 21, 2007

bocadinho de nada

descubro o que é um sentir mudo.
essa qualquer coisa que ocupa tão pouco de tudo.

a vontade é dona do ser,
tamanha esperteza, nem sabe o que quer.

Tuesday, April 03, 2007

compacto. março em abril.

É preciso explodir
Atirar o exacto que se pretende suprimir
Quer-se ignorar
O que mais pede para se libertar
Se vivemos do tempo
Se tudo passa sem consentimento
Qual é a ideia?
Em que o precioso escapa,
e a escapatória preciosa, passa também ela, sem pressa,
sem qualquer interesse, gritante.
Pretendo tanto o certo como o inusitado
Voltar às certezas de um tempo estagnado.
Talvez reste apenas o vicio
Talvez eu engane o suposto e o premeditado
Talvez seja sua escrava desde o inicio.

Está quase tudo errado
Os sentimentos estão enganados
E eu já não sei o que é suposto.
Ja não sei o que está determinado
Já nem vejo o que me é exposto.
Assumo já um receio obstinado
Que já não permite encarar possibilidades
Não me deixa acompanhar esse encanto
Que é a mera capacidade.
Já tudo me é estranho
Nada parece vingar,

já nada apetece chorar.